quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Avatar 3D - Uma experiência inesquecível



Acabei de sair da sala de cinema do Centerplex, no shopping Via-Sul aqui em Fortaleza, e devo dizer que saí de lá maravilhado e com um pouco de dor de cabeça. Foram as 3 horas mais bem gastas da minha vida, devo dizer que quando saiu as primeiras imagens do filme Avatar do diretor James Cameron, não fiquei tão empolgado, ai começou as promoções, divulgações, trailers e comentários e eu já estava rendido à beleza daquele mundo. Isso aqui não é um crítica, ou uma sinopse do filme, é simplesmente a descrição de como eu me senti antes, durante e depois de assistir Avatar.
Foi a minha primeira experiência com a tecnologia Dolby 3D Digital, e logo nos trailers você sente a diferença, a ideia de profundidade é fascinante e logo com o trailer de Alice no País das Maravilhas do Tim Burton a noção de realidade se transforma. Tenho que confessar que não era o que eu esperava mas ainda ssim é muito diferente, depois de hoje vai ser difícil assistir a um filme do maneira tradicional. O que me encantou nesse filme, primeiramente foi o enredo - eu adoro filmes que são ambientados em outros mundos cheios de criaturas e civilizações diferentes cujos indivíduos falam uma língua nunca antes vista - o desenrolar dos fatos são bem previsíveis mas você ainda assim torce para que não aconteça as parte ruins e tristes, são brigas, gritos, traições, reconciliações, romances, alegrias e decepções seguindo uma sequência bem conhecida nossa mas que se mostra exemplar. A ideia de criar um corpo totalmente acessível à distância pelo seu próprio cérebro te leva a pensar e refletir sobre viver duas vidas, sobre como é possível e difícil ser duas pessoas em uma só, sobre o quão ligado você fica ao novo e melhor estilo de vida e aos que parecem ruins, e até não só a infinidade de possibilidades que essa tecnologia pode criar mas ao mesmo tempo os perigos de um artifício tão amplo e diverso, algo como a morte - uma ligação tão forte entre corpos que é capaz de mentamente você morrer mesmo seu corpo real estando em perfeito estado. Outro ponto foi a ambientação, PANDORA é um planeta que apaixona desde que você literalmente pousa nele, cada criatura que se move entre as densas florestas possui um design único - criatividade mil. O efeito 3D que deram principalmente nas plantas que passam na frente da camera dão a impressão que a gente realmente está em Pandora, luzes coloridas e neons, aguas cristalinas, céus infinitos e uma atmosfera selvagem, virgem e pura muito bem trabalhadas pela equipe da produção, não é a toa que o povo de Pandora - os Na'vi - tem um respeito enorme pela natureza da terra deles que ao que parece está toda conectada biologicamente e espiritualmente pela divindade Eywa, um tipo de Mãe-Natureza de Pandora. Não tem como não se apaixonar pelo estilo de vida dos Na'vi, o jeito que eles andam, correm e saltam entres as árvores é pura poesia, todos os seus costumes, rituais e especialmente a conexão que eles têm com cada ser que habita Pandora é utopicamente encantador, a realidade é tanta que você chega a chorar quando as árvores são derrubadas e os bichos são massacrados pelos mísseis humanos de tanta dor que é passado pelo olhar desse povo, que por sinal diz tudo - há trechos em que os diálogos se desenrolam no idioma nativo mas basta prestar atenção ao olhar deles para você ententer realmente o que eles querem dizer. Amei os personagens que não deixam dúvida no espectardor: ou são pessoas carismáticas ou são antipáticas cujas feições ficam marcadas na sua mente. A trilha sonora é outro tópico a se comentar, nada melhor do que canções em forma de gemidos selvagens com um fundo de música clássica para encorajar tanto os personagens como os espectadores, a desbravar esse ambiente hostil e divino mesmo tendo um ar tóxico, os efeitos sonoros como as explosões, vôos e ruídos de criaturas estão muito bem sincronizados com o 3D, por exemplo assim que alguém fala e a perspectiva do espectador muda, muda também de onde você ouve o som, de que direção ele vem - exemplo clássico do Efeito Dopler. A ficção não é retida só na natureza, ela também invade o mundo tecnológico do filme e se faz presente em computadores e projetores holográficos bem elaborados, câmaras de descanso e claro - OS VEÍCULOS. Máquinas projetadas para explorar um lugar de difícil acesso, desde gigantescos robôs que andam e seguram armas até as naves pesadas e ao mesmo tempo leves que cortam as flutuantes e sagradas montanhas Hallelujah - tudo saindo descontroladamente da tela e te levando facilmente para dentro.


Um filme que todos deveriam assitir antes que saia de cartaz e em 3D de preferência, um filme repleto de emoções, digno de muitos Orcar's e varias idas ao cinema para assitir infinitas vezes. James Cameron me conquistou de uma maneira mais empolgante do que Peter Jackson havia feito em o Senhor dos Anéis, ele com certeza marcou o final de 2009 e o início de 2010 com uma obra-prima tanto no âmbito da Ficção-Científica como no Cinematográfico. Realmente uma aventura experimental única Na'Vida!
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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Migalhas



Sinto muito mas não vou medir palavras, não se assuste com as verdades que eu disser.
Quem não percebeu a dor do meu silêncio, não conhece o coração de uma mulher.
Eu não quero mais ser da sua vida, nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor, quero ser feliz, não quero migalhas do seu amor, do seu amor.
Quem começa um caminho pelo fim, perde a glória do aplauso na chegada. Como pode alguém querer cuidar de mim, se de afeto esse alguém não entende nada?
Eu não quero mais ser da sua vida, nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor, quero ser feliz, não quero migalhas do seu amor, do seu amor.
Não foi esse o mundo que você me prometeu, que mundo tão sem graça mais confuso do que o meu!
Não adianta nem tentar maquiar antigas falhas se todo o amor que você tem pra me oferecer são migalhas, migalhas.
Eu não quero mais ser da sua vida, nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor, quero ser feliz, não quero migalhas do seu amor, do seu amor.
Sinto muito mas não vou medir palavras, sinto muito...

Erasmo Carlos

Peguei inspiração com essa letra magnífica da música cantada por Simone para falar de algo bem próximo da gente que é ''o amor por pena.'' Acho que não existe coisa pior do que ficar com alguém por compaixão, ficar com essa pessoa por ter medo de magoá-la com a verdade. Todo mundo tem um pouco de orgulho guardado no lugar mais profundo da alma e é esse orgulho que nos faz perceber que gostamos muito de alguém mas esse alguém não pode retribuir, talvez não seja culpa dele é só que há incompatibilidades nos relacionamentos e não é de migalhas que se contrói uma vida. O que dói mais, viver das migalhas de um amor ou viver sem elas? Amar inteiramente e receber em troca migalhas ou amar utopicamente e ainda assim receber migalhas? Todo mundo tem um limite, SINTO MUITO MAS NÃO VOU MEDIR PALAVRAS E NÃO SE ASSUSTE COM AS VERDADES QUE EU DISSER, quem recebe migalhas um dia sente que a fome está maior do que deveria, se sente fraco e nada melhor do que a verdade pra alimentar e preencher o vazio causado pelas migalhas. Para quem não retribuia na mesma quantia, é um alívio no coração mas também um peso na consciência, para quem recebia menos é um alívio na consciência mas também um peso no coração. Daí volta a pergunta: O que dói mais, viver das migalhas de um amor ou viver sem elas?
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Como é o Natal no Brasil?

 
Boa noite pessoal, todo ano nos vemos com a mesma comemoração: pinheiros em nossas casas, bonecos de neve, neve principalmente, peru, presentes, enfim tudo bem ao estilo Norte-americano. E de uma coisa não podemos discordar, nossa maneira de celebrar o Natal está totalmente ligada ao estrangeiro, fazendo a gente aderir a costumes que não são nossos e nunca se adaptaram como por exemplo o Panettone. Todo ano alguém dar ou recebe Panettones de presente e na maioria das vezes essa pessoa fica puta de raiva - encaremos os fatos ninguém gosta de panettone, é ruim de comer e ruim de receber mas muito fácil de dar! Esse foi só um exemplo dos inúmeros que podemos citar, mas a verdade é que nós brasileiros mesmo com todo esse estrangeirismo temos muita coisa que são próprias da gente, como a Simone!
O que seria do nosso Natal se a Simone não lançasse uma música ou uma coletânea? Fato, Simone é um ícone do Natal brasileiro. E o que dizer de Roberto Carlos, final de ano sem um especial do 'rei' não é fim de ano, e fora as coletâneas, dvds e latas de panettone que essas sim são parte da cozinha de muita gente - pelo menos a lata a gente aproveita. Sem dúvida a Televisão comanda boa parte dos festejos, o que dizer das propagandas da Coca-cola, das novas séries que aparecem como episódio piloto, nas promessas de novos filmes e porque não nos antigos? O que é Natal sem Macaulay Culkin e toda a saga Esqueceram de Mim, sem Rudolf - a rena do nariz vermelho, sem o Grinch, sem Meu Papai é Noel, sem Férias Frustantes de Natal, sem o Expresso Polar, sem Um Duende em Nova Iorque, sem Um Natal muito Louco, sem Natal em Família, sem o Estranho Mundo de Jack, sem Meu Herói de Brinquedo, sem Edward Mãos de Tesoura, Gasparzinho, Simplesmente Amor, Papai Noel às Avessas, Pode me chamar de Noel.....e por aí vai!
E mais, Natal sem creme de galinha, salpicão, chester, aquela sobremesa que só fazem de vez em quando - não é Natal. E o Amigo secreto? Tradição assídua, como a gente não tem o costume de dar presentes adoidado paras pessoas, nada melhor do que presentear só quem a gente tirar no papelzinho e ficar puto da vida quando recebemos aquele presente de última hora, aleatório e que não é a sua cara! Natal sem decepção, não é Natal. É tempo de beijo demorado, abraço aperado, é a época em que a gente tem prazer de procurar uma mensagem bonita na internet pra ler no dia em voz alta, procurar dinâmicas pra entreter o pessoal, comprar uma roupa nova ou A roupa nova - tem gente que só compra roupa nova no Natal , fato! Importante lembrar das decorações dos shoppings, isso jé está na raiz brasileira tirar foto das decorações de Natal dos shopping centers, passear entre os enfeites, participar de promoções pra ganhar carro, moto, dvd, televisor, geladeira....criar frases com o título da loja, responder às perguntas mais estranhas da vida, enfim fazer a parte criativa do cérebro trabalhar mais que nunca! Não acaba por aí, pro Natal ser bem brasileiro tem que ter cesta básica pra doar, rifa pra comprar, parente chato pra visitar, armário pra limpar - jogar coisa velha fora pra colocar as novas - peça na escola pra assitir, na igreja pra rezar e no trabalho ser agradável com o chefe e aquela pessoa maldita que só lhe deseja o mal, Natal sem tragédia não é Natal, mais coisas pra retrospectiva do fim de ano e é isso, é assim que é nosso Natal, cheio de influência dos EUA, de costumes retorcidos, de celebrações variadas e de excessões a essa regra. Feliz Natal pra vocês!
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domingo, 20 de dezembro de 2009

A Verdade por trás do Natal



Como bom cristão que eu sou resolvi postar esse texto retirado do site (http://www.christiananswers.net) que esclarece muita coisa com fatos históricos sobre o nascimento de Jesus, a razão de comemorarmos o Natal! Vale a pena conferir


Jesus nasceu em 25 de Dezembro, ou ao menos em Dezembro? Embora não seja impossível, parece improvável. A Bíblia não especifica um dia ou mês. Um problema com Dezembro é que seria fora do comum que pastores estivessem “pastoreando nos campos” nesse frio período do ano, quando os campos ficavam improdutivos. A prática normal era manter os rebanhos nos campos da Primavera ao Outono. Além disso, o inverno seria um tempo especialmente difícil para Maria viajar grávida pelo longo caminho de Nazaré a Belém (70 milhas).

"Um período mais provável seria em fins de Setembro, no tempo da Festa dos Tabernáculos, quando uma viagem como essa era comumente admitida. Além do mais, crê-se (embora não seja certo) que o nascimento de Jesus foi próximo ao final de Setembro. A concepção de Cristo, contudo, pode ter ocorrido no final de Dezembro do ano anterior. Nossa celebração de Natal pode ser vista como uma honrada observação encarnação do 'Verbo que se fez carne' (João 1:14).

…É provável que esse maravilhoso anjo liderando as hostes celestiais em louvor, fosse Miguel, o arcanjo; essa ocasião foi posteriormente comemorada pela igreja primitiva como Miguelmas ('Miguel enviado'), em 29 de Setembro, a mesma data da Festa dos Tabernáculos. Seria no mínimo apropriado para Cristo ter nascido nessa data, porque foi em Seu nascimento que que 'o Verbo se fez carne e habitou (literalmente tabernaculou) entre nós' (João 1:14).

Isto significaria, então, que Sua concepção, não Seu nascimento, ocorreu no final de Dezembro. Além disso, pode perfeitamente ser que quando celebramos o nascimento de Cristo no chamado 'Natal', nós estejamos na verdade celebrando Sua concepção miraculosa, o tempo em que o Pai enviou o Filho ao mundo, no ventre da virgem. Esse, o mais obscuro período do ano, o período da festa pagã 'Saturnália', e o período em que o sol (a 'luz do mundo' física) está mais distante da Terra Santa - seria certamente um período apropriado para Deus enviar a 'luz do mundo' espiritual ao mundo, como o 'Salvador, que é Cristo o Senhor' (Lucas 2:11)" [Dr. Henry M. Morris, The Defender's Study Bible (notas de Lucas 2:8,13)].
(O Natal é uma celebração especial da ceia do Senhor - chamada de missa pela Igreja Católica Romana e de ceia pela maior parte das Igrejas Protestantes.)
Por que muitos cristãos celebram o Natal em 25 de Dezembro, se não foi nessa data que Cristo nasceu?
Essa data foi escolhida pela Igreja Católica Romana. Devido ao domínio de Roma sobre o mundo "Cristão" por séculos, a data se tornou tradição por toda a cristandade...
 
O significado original de 25 de Dezembro é que esse dia era um popular dia festivo de celebração do retorno do sol. Em 21 de Dezembro ocorre o solstício de inverno (o mais curto dia do ano e assim um dia chave no calendário), e 25 de Dezembro era o primeiro dia no qual os antigos podiam notar claramente que os dias estavam se tornando maiores e que a luz do sol estava retornando.Assim, por que 25 de Dezembro foi escolhido para lembrar o nascimento de Jesus Cristo com uma missa (ou ceia)? Como ninguém sabe o dia de Seu nascimento, a Igreja Católica se sentiu livre para escolher essa data. A Igreja queria substituir o festival pagão com um dia santo Cristão. O método se valia do fato de que é mais fácil tirar um festival mundano, mas tradicional, da população quando podemos substituí-lo com um bom festival. De outra forma, a Igreja teria deixado um vácuo onde antes havia uma tradição de longas datas, e se arriscado a produzir descontentamento na população e um rápido retorno à prática pagã.
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sábado, 19 de dezembro de 2009

Welcome Back!!


Depois de uma longa temporada sem escrever patavinas por aqui - honestamente, estava entretido com outras coisas, a gente sabe que a Internet vive criando malditos aplicativos que nos forçam a perder tempo por puro vício, exemplo: jogar UNO no Facebook ou a COLHEITA FELIZ no Orkut! - marco meu retorno as postagens que eu sei que não fazem muita diferença pra quem ler, mas pra mim alivia muito minha mente! E antes de começar a falar do que eu, Oliviér, tenho feito nesse tempão, vou deixar uma dica para quem gosta de apreciar criatividade e fotografia, visitem KAYLA, essa adorável menininha asiática, cujos pais resolveram tirar várias fotos do seu processo de crescimento, ou seja, nós podemos acompanhar por vários quadros essa adorável garotinha crescendo!! - me fez pensar sobre todas as vezes que desperdiçamos tempo reclamando do ócio e preguiça, ao invés disso podíamos estar registrando os bons momentos e fazendo-os acontecer bem próximo da gente.
Graças a Deus estou de férias do colégio, passei em tudo sem ir para a prova final e ainda ajudando quem precisava de umas explicações extras - espírito natalino, prazer! - nesse meio tempo ocorreram alguns problemas na minha família que se ajeitaram da melhor maneira possível, conversei com quem não falava a muito tempo, perdi contato com que sempre falava, tentei mudar minha forma de ver as coisas, me aproximei de quem teu queria estar próximo e não tinha coragem, me afastei de quem eu estava muito rpóximo por motivos de segurança, tentei segurar a língua - o que não foi fácil, procurei salvar o que resta de 2009, entrar no clima do Advento como um cristão católico deveria fazer - comecei perdendo a primeira das 4 missas, oops! Além de tudo fazendo planos, lendo textos, vendo muuuitos filmes, assitindo Heroes - nossa, como uma pessoa pode pensar num roteiro tão atrativo!, ouvindo e baixando muitas musicas, exercitando-me um pouco pro carnaval....por aí vai. Daqui a alguns dias será o Natal, to tentando preparar meu espírito para uma época que eu queria que fosse mais presente na minha vida - tema de uma próxima postagem!
Então é isso, voltando com postagens legais, bem humoradas, sinceras e principalmente que não são forçadas!! See you around!
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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Dica de visita :Eva Guein

Olá pessoal, hoje passei rapidinho aqui porque queria dividir/compartilhar com vcs uma coisa fantástica que eu descobri mexendo no FLICKR.
Essas foto na postagem pertence ao album de Eva Guein, uma espanhola de Galicia que é nova no mundo da fotografia, pra ela o que importa é a paixão e inspiração não falta. Ela é casada e com filhos. Criou um perfil no Flickr em fevereiro de 2008 e criou também uma coleção com o nome de 365 de alegrarse el día (2009).Para quem gosta e é curioso no assunto, esse tipo de coleção é bastante comum no Flickr, a idéia é tirar uma foto para cada dia do ano, esse álbum ainda tá em construção é claro, mas está fantástico. Mas por que eu escolhi a Eva? Ela engravidou e resolveu criar uma coleção de fotos incríveis e muito espontaneas, a julgar pelo humor e criatividade, ela será uma mãe incrível. Você sempre acha uma foto mais curiosa que a outra e os comentários (em espanhole inglês) são os melhores.

Vale muito a pena dar uma conferida na vida da Eva Guein e se divertir com as caras e bocas que ela faz.
Aqui está o endereço do álbum. http://www.flickr.com/photos/evaguein/sets/72157612010099738/
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Com palavras de outros, desabafo!



ESTOU CANSADO

Estou cansado sem rosto sem o querer
Estou cansado pela sombra do abismo
Estou morto sem sangue para viver
Estou cheio de palavras vãs de sufismos

Credo nos credos da alma moribunda
Com a redundância circular da pena
Existo na existência de uma cova funda
Persisto no ardor da sombra serena


Estou cansado de querer o que não quero
Estou cansado de ter o que não tenho
Estou morto por ter realizado o que espero
Estou cheio por abortar o que empenho

Credo nos credos vazios do coração
Não creio, querendo querendo a saudade
Existo na existência fina da solidão
Onde a maldade é a mais pura bondade

Estou cansado desta trova perdida
Estou cansado de palavras vazias
Estou morto no chegar da despedida
Estou cheio destas luzes sombrias

(retirado de http://gothicum.blogs.sapo.pt/3008.html)

Estou Cansado Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
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domingo, 18 de outubro de 2009

Sinta, agite, se solte - Dance

Oi pessoal to aqui hoje pra dar uma indicações de músicas para vcs agitarem as pistas de dança das festas que forem.

Primeiro vou começar com o sucesso estourado de Edward Maya que é um excelente e novo nome da disco music, ele é um cara completo, compositor, dj, produtor, enfim um prato cheio vindo diretamente da Romênia.


Essa garota arrebenta onde ela passa, é um dos novos nomes da disco music romena, Elena Alexandra, mais conhecida como Inna, estourou nas rádios européias em seu primeiro album, Hot (2009).


Agora é a vez de Sash! - esse time alemão de djs e produtores liderado por Sascha Lappessen, estão juntos desde 1995, mas essa musica deles é muito fodaa!!


Akcent é uma boy band romêna que é um sucesso mundial nas pistas de dança, o novo album deles é produzido por ninguém menos que Edward Maya, essa música é incrível.


Morandi é um grupo romêno pra variar, que também arrasam na europop music, os clips deles são fantyásticos assim como os outros também, eles já ganharam muitos prêmios na europa e suas músicas bombam sem dúvida.


ACHO QUE SÓ PESSOAL DEPOIS EU POSTO MAIS DICAS
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

No limite da Pseudo-chiqueza


E awe pessoal tudo em cima?? - double sense =\
O post de hoje é o resultado de uma conversa que eu tava tendo com um colega meu que por sinal tbm escreve num blog.
Eu acho que quem não convive constantemente com elegância, fineza, estilo e glamour tem que avaliar bem quando está ou não sendo chique!! Sei que tem muita gente que assiste os programas de culinária na TV e tentam fazer os pratos em casa quando recebem uma visita. Lembrem-se pessoal, tudo o que a TV mostra NÃO SERVE PRA VOCÊ!! Geralmente faz-se uma sobremesa deliciosa de chocolate, uma trufa pequena ou um bolinho que ocupa nem um décimo do prato branco de porcelana, aí a apresentadora derrama aquela calda maravilhosa por cima do mísero bolinho, só alguns fios que mal encostam no bolinho, então ela começa a desenhar formas abstratas no prato com a calda maravilhosa. VAMOS PENSAR UM POUCO -
Vc acha que a visita vai se contentar com um bolinho de no máximo 10 cm ??? Errado, quando ela sair da sua casa vai falar pra todo mundo que vc é miserável e preferia uma taça de sorvete na esquina. E mais, perceba que vc desperdiçou material na calda que não será usada, ou você acha que a visita vai lamber o prato para provar da sua magnífica calda que aprendeu no programa de TV?? Errado de novo, e ainda terá mais trabalho para limpar o grude do prato.
Visita quer comer bem e ser bem tratada, portanto ou vc aumenta o bolinho e faz uma bacia de calda pra ela se melar à vontade ou sirva uma taça de sorvete básica, mas por favor, evite Napolitano. Todo mundo sabe que o pessoal detesta o morango...
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Acabou a luz!


Labdien pessoal!! - agora vc já sabe dizer oi em letão!! d>
Tô aqui pra falar depois de muito tempo sobre FALTA DE LUZ, uma realidade dura pela qual todo mundo já passou.
Imaginem a cena: É noite, seu irmão tá jogando video game, seus pais assitindo a novela ou lendo alguma coisa perto do abajur e você no computador, enquanto carrega seja lá o que for você vai na geladeira e pega alguma coisa para ocupar a boca, volta e senta na cadeira em frente ao PC, falta 2 % para acbar o download mais esperado da sua vida, assim como falta a última parte da novela, a última ou mais importante fase do jogo e o capítulo mais foda do livro de repente tudo escurece, vc se assuta e seu irmão menor começa a gritar:
-MÃE? MÃE...MAAAAIIINHÊÊÊÊ!! ME AJUDAA...
Você encara os fatos e percebe que faltou luz, começa a esculhambar a companhia de luz e todos os seus funcionários, sua mãe corre para acender a vela perto dos santinhos e seu pai vai pegar a lanterna, ambos saem batendo e esbarrando em tudo, vc é obrigado a calar a boca do seu irmão que está assutado antes que ele derrube o ventilador. As velas são acesas e as lanternas ligadas, mas a casa é um tédio sem energia e chega a hora mais aguardada: ir pra rua. Todos os vizinhos saem, é o momento de por a conversa em dia, uns admiram a lua e começam a filosofar sobre como a natureza é perfeita e como o ar é agradável, bem como imaginam como era a vida antes da eletricidade e refletem sobre como dependentes somos dos eletrodomésticos, quem tem carro liga os faróis para iluminar a rua, outros trazem cadeiras e formou-se a rodinha de conversas, outras preferem rezar pra que a "luz" volte logo. Os namorados aproveitam para por as "coisas" em dia enquanto ninguém olha, vão para o quarto e tiram o atrasado. Basta a luz do poste ligar e alguém grita:
- VOLTOOOOOU!!!
E todos respondem:
- AEÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ!!!
Todos se despedem, recolhem os carros, as cadeiras, se beijam e abraçam, dizem até logo ou até o próximo apagão. Em casa as velas são apagadas e ligam-se logos os ventiladores apar espalhar a fumaça, você logo liga o PC e assim todos retornam as suas funçoes anteriores, tudo o que foi dito sobre como apreciar as coisas simples da vida é esquecido, o ar volta a ser invisível e a lua inútil...
Imagine agora a segunda situação: São 14:00 de uma sexta-feira, você acabou de almoçar com sua família, uns chegaram do trabalho cansados, o sol estava de rachar, outros vieram da escola a cabeça confusa com tanto assunto, enfim está um clima transitório entre uma manhã agitada e um começo de tarde tranquilo. Vc toma um banho e vai ver TV ou ouvir música para relaxar, seu pai vai dormir um pouco e sua mãe vai ver a novela, de repente o tempo para: faltou energia. Era justamente a hora mais legal da novela ou a música que vc tava esperando ouvir, seu pai levanta puto de raiva e começa a se assoprar morrendo de calor, todos se maudizem que não adianta nada já que não faz o ventilador voltar a funcionar e então tiram-0se da gavetas leques e panfletos de supermercado para se abanarem outros usam mais de três métodos - abanar assoprar e balançar a camisa - outros nem de camisa estão mais. Lá fora é pior, o sol ainda queima e não corre um vento se quer. É nessa hora que a criatividade é posta em prática bem como o diálogo em família que há muito tempo não era realizado, fala-se sobre nostalgia e como precisam ser mais unidos, outros sobre como o mundo esquentou de uns tempos pra cá, outros ainda que deveriam ter inventado um ventilador a energia solar. O celular ainda é uma opção para se jogar, um livro ajuda a combater o tédio mas no calor logo se tona cansativo, a fila para usar o banheiro cresce de uma horapara outra, todos querem se refrescar o mais rápido possivel, até que a TV liga do nada e aquele ruído da estática domina os ouvidos de todos: a "luz" voltou. Novamente tudo é esquecido e retornam as suas ativiades anteriores.


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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Nova série que promete na Fox - - Glee


Glee, uma das séries mais esperadas da próxima temporada, pré-estréia na Fox em 13 de setembro, às 22h. A primeira temporada está prevista para ir ao ar a partir de novembro, com apenas dois meses de atraso em relação a exibição norte-americana.

Criada por Ryan Murphy, das excelentes Nip/Tuck e Popular, a dramédia musical mostra Will Schuester (Matthew Morrison), um professor que tenta a todo custo recuperar o prestígio do coral da McKinley High School, atualmente formado por alunos socialmente rejeitados.

À primeira vista, Glee parece reproduzir o fenômeno High School Musical. Mas este não é seu objetivo. A série faz uma crítica corrosiva ao comportamento norte-americano, que informalmente divide as pessoas em castas – os perdedores e os vencedores. Para isso, não apela para personagens ou tramas soturnas movidas a sexo e violência. Puro entretenimento, Glee aposta em boas doses de humor negro para ser ácida.

O episódio piloto recebeu elogios da Time, Entertainment Weekly, Hollywood Reporter, New York Post, TV Guide e Los Angeles Times.

Outro atrativo de Glee é a trilha sonora de tirar o fôlego, com clássicos e sucessos atuais. Os primeiros episódios terão músicas de Salt-n-Pepa (Push It), Kanye West (Gold Digger), Dionne Warwick (I Say a Little Prayer for You) e Rihanna (Take a Bow). Canções de Barbara Streisand, Rolling Stones e outros artistas consagrados estão previstas ao longo da temporada.

Infelizmente, Glee será apresentada dublada, como as outras séries da Fox. No entanto, os números musicais foram poupados e serão exibidos com áudio original em inglês, com legendas em português.

texto do site Poltrona.Tv


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domingo, 30 de agosto de 2009

Árvore Genealógica


-Mãe, vou casar!!!
-Jura, meu filho?! Estou tão feliz! Quem é a moça?
-Não é moça. Vou casar com um moço. O nome dele é Julio.
-Você falou Julio... ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto psicótico?
-Eu falei Julio. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa?
-Nada, não... Só minha visão é que está um pouco turva. E meu coração, que talvez dê uma parada. No mais, tá tudo ótimo.
-Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor falar logo...
-Problema? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia ter uma nora... Ou isso...
-Você vai ter uma nora. Só que uma nora... meio macho. Ou um genro meio fêmea. Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um genro quase fêmea.
-E quando eu vou conhecer o meu... a minha... o Julio?
-Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido.
-Tá! Biscoito... Já gostei dele. Alguém com esse apelido só pode ser uma pessoa bacana. Quando o Biscoito vem aqui?
-Por quê?
-Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência.
-Você acha que o papai não vai aceitar?
-Claro que vai aceitar! Lógico que vai. Só não sei se ele vai sobreviver... Mas, isso também é uma bobagem. Ele morre sabendo que você achou sua cara-metade. E olha que espetáculo: as duas metades com pinto...
-Mãe, que besteira... hoje em dia... praticamente todos os meus amigos são gays.
-Só espero que tenha sobrado algum que não seja... pra poder apresentar pra tua irmã.
-A Bel já tá namorando.
-A Bel? Namorando?! Ela não me falou nada... Quem é?
-Uma tal de Veruska.
-Como?
-Veruska...
-Ah, bom! Que susto! Pensei que você tivesse falado Veruska.
-Mãe!!!
-Tá..., tá..., tudo bem...Se vocês são felizes. Só fico triste porque não vou ter um neto...
-Por que não? Eu e o Biscoito queremos dois filhos. Eu vou doar os espermatozóides. E a ex-namorada do Biscoito vai doar os óvulos.
-Ex-namorada? O Biscoito tem ex-namorada?
-Quando ele era hétero. A Veruska.
-Que Veruska?
-Namorada da Bel...
-"Peraí". A ex-namorada do teu atual namorado... É a atual namorada da tua irmã...que é minha filha também... que se chama Bel. É isso? Porque eu me perdi um pouco...
-É isso. Pois é... a Veruska doou os óvulos. E nós vamos alugar um útero.
-De quem?
-Da Bel.
-Logo da Bel?! Quer dizer, então... que a Bel vai gerar um filho teu e do Biscoito. Com o teu espermatozóide e com o óvulo da namorada dela, que é a Veruska?!?...
-Isso.
-Essa criança, de uma certa forma, vai ser tua filha, filha do Biscoito, filha da Veruska e filha da Bel.
-Em termos...
-A criança vai ter duas mães: você e o Biscoito. E dois pais: a Veruska e a Bel.
-Por aí...
-Por outro lado, a Bel..., além de mãe, é tia... ou tio... porque é tua irmã.
-Exato. E ano que vem vamos ter um segundo filho. Aí o Biscoito é que entra com o espermatozóide. Que dessa vez vai ser gerado no ventre da Veruska... com o óvulo da Bel. A gente só vai trocar.
-Só trocar, né? Agora, o óvulo vai ser da Bel. E o ventre, da Veruska.
-Exato.
-Agora, eu entendi! Agora eu realmente entendi...
-Entendeu o quê?
-Entendi que é uma espécie de swing dos tempos modernos!
-Que swing, mãe?!!...
-É swing, sim! Uma troca de casais... com os óvulos e os espermatozóides, uma hora do útero de uma, outra hora no útero de outra...
-Mas...
-Mas, uns tomates! Isso é um bacanal de última geração! E pior... com incesto no meio.
-A Bel e a Veruska só vão ajudar na concepção do nosso filho, só isso...
-Sei... E quando elas quiserem ter filhos...
-Nós ajudamos.
-Quer saber? No final das contas não entendi mais nada. Não entendi quem vai ser mãe de quem, quem vai ser pai de quem, de quem vai ser o útero, o espermatozóide... A única coisa que eu entendi é que...
-Que...?
-Fazer árvore genealógica daqui pra frente... VAI SER UMA MERDA!

autor Luiz Fernando Veríssimo
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O Direito ao Palavrão

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia. "Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?

No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem. O "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.

São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma. Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!". E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e sai à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?

Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!". Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala.

Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas.Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade. E...foda-se!"Grosseiro, mas profundo... Pois se a língua é viva, inculta, bela e mal-criada, nem o Prof. Pasquale explicaria melhor. "Nem fodendo..."

autor Luís Fernando Veríssimo.
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Carta de uma mãe portuguesa ao seu filho


Querido Filho,

Te escrevo estas linhas para que saibas que estou viva. Te escrevo devagar porque sei que tu não consegues ler rápido. Bom, não vais mais reconhecer a casa quando vieres, porque a gente mudou.

Finalmente enterramos teu avô. Encontramos o cadáver com esse negócio da mudança; estava no armário desde aquele dia em que ganhou da gente brincando de esconde- esconde. Hoje tua irmã Julia teve um filho, mas como ainda não sei se é menino ou menina, não posso dizer se você é tio ou tia.

Quem não tem aparecido por aqui é o tio Venâncio, que morreu totalmente no ano passado. Ele e teu primo Jacinto, que sempre acreditaram ser mais rápido que um touro, comprovaram que não eram.

Estou preocupada com o cachorro Boby, que insiste em perseguir os carros parados e está ficando cada vez mais chato. Ah! Finalmente os engarrafadores de refresco tiveram a grande idéia de por um letreiro na tampinha que diz: "Abra por aqui".

Que achas? Teu irmã José fechou o carro com a trava e deixou as chaves dentro; teve que ir lá em casa para pegar a chave duplicada e poder tirar todos nós de dentro do carro.

Esta carta te mando com Manolo, que vai amanhã para ai, a propósito, será que podes pegá-lo no aeroporto? Bom meu filho, não escrevo o endereço porque não o sei. É que a última família portuguesa que vivia aqui nesta casa levou os números para não terem que mudar de endereço.

Se encontrares a Dona Maria dá um alô da minha parte; caso não a encontres, não precisas dizer nada.

Tua mãe que te ama:

P.S. Ia te mandar cem escudos, mas já fechei o envelope.
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Cultura popular cearense


Quem foi que disse que os jovens não valorizam a cultura do próprio lugar? Quem disse que a gente não respeita mais os idosos e não escuta o que eles tem pra contar? Quem foi que espalhou que a cultura cearense se resume a Rachel de Queiroz, Patativa do Assaré e José de Alencar? Esse post chegou pra quebrar essas idéias errôneas sobre nós. Como atualmente eu estou morando no Ceará - e quando cheguei aqui isso me chamou muito a atenção. - decidi fazer um apanhado de coisas muito interessantes que são presença no cotidiano de todos aqui como ditados, gírias, moda... e além de tudo manias e supertições muito interessantes que podem não estar só presentes aqui como em outros lugares do Brasil.
Não pensem que aqui vocês vão encontrar um almanaque folclórico, nem muito menos um guia de comportamento, ou ainda críticas sobre o modo de viver das pessoas - o objetivo é simplesmente registar o que é que faz a cabeça do pessoal daqui, já que eu tenho o provilégio de estudar no IFCE, que é um lugar rico em diversidade popular, ou seja, tem muita gente estranha!!
Quais serão minhas fontes? Bem, vou me basear na minha família primeiramente, visto que minha avó é motivo principal para eu estar fazendo isso, meus amigos que sem eles eu não pensaria em como estranho é tudo isso e claro a INTERNET que sem ela vcs não poderiam ter acesso a tudo isso. Perguntar é a ferramenta essencial para que isso dê certo, observar e registar tudo o que eu puder ouvir na topique tbm vai acrescentar muito, sair de casa - ir a muitos cantos como praia, centro, shoppings e tal... Ainda não decidi se esse projeto se resumirá a essas postagens ou se farei vídeos sobre os assuntos trabalhados - pelo menos para ilustar o que eu estou dizendo.
Bom fiquem na vontade e se tiverem material me mandem que será muito bem analisado com todo o carinho!! Bju me liga.
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O que diabos é tagged??


E awe pessoal
Hey pra você que cansou do Orkut e não dá a mínima para inclusão digital e detesta essa invasão de analfabytes no seu perfil, eu lhes apresento o Tagged. É uma rede de relacionamentos bem diferente pra vc que tá acostumado com as funçoes do Orkut, primeiro porque não tem em português e segundo porque quase não tem brasileiros comparado com o Orkut - o que é uma oportunida muito legal pra vc conhecer gente de outros países, principalmente do Egito, eles praticamente dominam o universo do Tagged. Se vc já conhece o Facebook e o acha muito pesado e com funções sem sentido e meio que bagunçado, vai adorar o Tagged, nele há muitas opções de jogos interativos que podem ser jogados com seus amigos (FRIENDS) se estiverem online, há também a função PETS - onde vc pode comprar pessoas como animal de estimação e ser comprado pelos outros, cada vez que vc entra já ganha 2,000 para comprar os outros e cada vez que te compram vc fica mais valioso. Há a função de BIRTHDAY, para lembrar quem tá aniversariando no dia e a função NEWS - para ver as atualizações dos seus FRIENDS. Vc pode postar em um JOURNAL que é exibido no seu perfil além de poder escolher e personalizá-lo com a função EDIT PROFILE e CHANGE SKIN PROFILE. Há outra opção de entretenimento que é o MEET ME, onde vc pode aleatoriamente marcar quem vc quer conhecer no Tagged por uma lista de pessoas onde vc pode ou não determinar o sexo, idade, lugar dos perfis que serão apresentados para você, outra coisa muito legal é o LUV onde vc pode expressar o que sente pelos seus FRIENDS dando amor pra eles, vc pode dar amor até três vezes por dia, assim eles também podem retribuir e sua barra de LUV fica cheia. As TAGs são outra atração, você tem a possibilidade de mandar e receber TAGS dos outros, elas são como imagens animadas com mensagens muito legais.
Vc adiciona quem vc quiser e pode ser adicionado por qualquer um, aceita se quiser tbm. O diferencial encontra-se no CHAT disponibilizado pelo servidor, assim vc pode conhecer pessoas que estão online tbm e tornar-se amigos depois de uma boa conversa, as salas são bem separadas e muito cheias as vezes, lembrando a maioria é em inglês mas existe salas do BRAZIL e países da america latina.
TAGGED LINK

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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Estudante não entende mecanismo de porta automática!

Estudante paquistanês de engenharia trava ao descobrir que não sabe como funciona aquelas portas automáticas de vidro!! O resultado?? Confira logo abaixo!!! É super engraçado.


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Professora da Bahia é demitida após video sensual cair no Youtube!!

Instituição de ensino, em Salvador, informou que medida foi consensual.
Educadora foi filmada fazendo coreografia de pagode no palco, em junho.

Uma professora de ensino fundamental, de 28 anos, foi demitida após um vídeo em que ela aparece dançando sensualmente ao lado de um grupo de pagode, em Salvador, cair na internet. As imagens foram registradas, em meados de junho deste ano, por várias pessoas que estavam na plateia de uma casa noturna e usaram câmeras de celular. O 'flagrante' aconteceu durante uma apresentação do grupo de pagode O Troco, que costuma convidar as espectadoras para subir ao palco e fazer a coreografia da música "Todo enfiado". O vídeo já teve mais de 100 mil acessos. A professora é formada em pedagogia e faz pós-graduação na área e ministrava aulas de alfabetização para crianças de 5 anos em uma escola particular da capital baiana. Após a divulgação do vídeo na internet, ela disse que passou a sofrer retaliações no bairro onde morava. "Ela teve de mudar de endereço e agora está na casa de familiares. Depois disso, ela foi demitida", disse Antonio Leite Matos, advogado da educadora. A direção da escola explica que houve uma conversa com a professora e a mãe dela e a demissão foi uma medida consensual. Ainda de acordo com a instituição de ensino, após a exposição do vídeo da professora na internet, ela não se sentia mais à vontade para trabalhar e para continuar na mesma casa onde vivia. Leite Matos informou que a filha de 7 anos da professora, que estudava na mesma escola em que a mãe trabalhava, teve de parar os estudos. "Ela não cometeu crime algum. Minha cliente estava em um momento de lazer e não fazia ideia de que as imagens da coreografia fossem parar na internet." O advogado disse ainda que a educadora está arrependida do ocorrido. "Ela trabalhava na escola havia mais de um ano e sempre foi boa funcionária", afirmou Matos. A direção da escola informou ao G1 que mantém contatos diários com a ex-funcionária para prestar apoio.

fonte (G1.com)

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

EIS O VIDEO


É MUITA COMÉDIA!!

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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O chocolate mais caro do mundo

preço: 170€ cada trufa

O chocolate, hum… que delírio dos prazeres terrenos… Para os amantes de chocolate provar um destes chocolates seria certamente um momento divinal. O chocolate ”La Madeline au Truffe” da Knipschildt é certamente um prazer dispendioso. O chocolateiro Fritz Knipschildt fundou a sua empresa em 1999, depois de fazer a sua formação como Chef na Dinamarca. E assim foi, este homem criou o chocolate mais exclusivo e mais caro do mundo. Este chocolate vem com uma trufa francesa, chamada Perigord, no seu interior, sendo esta trufa muito rara. O chocolate que reveste a trufa é composto em 70% por cacau Valrhona, que é misturado num ganache com óleo de trufa, baunilha e açúcar. Esta trufa de chocolate é enrolada à mão com a trufa preta no seu interior, e polvilhada com pó de cacau. Depois é colocada numa caixa prateada sobre uma camada de pérolas de açúcar. O seu preço unitário é cerca 170€ e cada 500 grms custam cerca de 1800€. O chef criador deste chocolate aclama que o seu chocolate tem um sabor excepcional. Nada como comprovar pessoalmente, não?

Fritz Knipschildt é uma inspiração a seus chocolatiers companheiros devido a sua competência e habilidade no desenvolvimento das receitas. Seus chocolates apresentam as combinações, as formas e as texturas do sabor que criam a inspiração de seus cursos em torno do mundo.
Knipschildt define suas receitas como clássicas com um toque moderno. Ele tem orgulho da logo, e diz: nossa oito onças assinatura caixa - é uma turnê ao redor do mundo em chocolate master peças.

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sexta-feira, 31 de julho de 2009

PussyCat Dolls terminaram!!

Pois é pessoal pelo que parece.as turbinadas pussycats dolls chegaram ao fim. Seguno o site da Multishow:

"Esta é a última vez que estaremos no Reino Unido como banda. Acabamos. Pedimos desculpas!", disse a cantora Ashley Roberts aos fãs que a aguardavam em frente ao Doll`s London Hotel. A informação é do jornal britânico Daily Mail.

Os rumores sobre o término da banda já circulavam há alguns meses. O motivo para a separação das meninas seria a cantora Nicole Scherzinger, que sempre se destacou mais que as outras.

Kimberly Wyatt confirmou que nem sempre era tranquilo conviver com os holofotes em cima de Nicole: "é verdade. Sempre estiveram muito focados na Nicole e, as vezes, era difícil lidar com isso".

Desmentindo os boatos de que haveria problemas de relacionamento entre o grupo, Nicole, por sua vez, disse: "Nós somos como uma família. Nós sabemos quando nós precisamos dar espaço para as outras e quando precisamos dar boas risadas".

Gente não é nada confirmado, uma delas não confirmou o acontecido no twitter, apenas especulaçãoes!! Mas o humorista Christian Pior já homenageou o grupo publicando o seguinte video!
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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Proibido para menores de 18! Parte 2

Fala awe meu amado povo, tá aqui a segunda parte dos depoimentos impróprios que o povo aceita, cosrtesia do site Pérolas do Orkut!! Divirtam-se e comentem!!
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Proibido para menores de 18! parte 1

Não véi, cês num tem noção do quanto eu ri quando eu achei essas prints no site Pérolas do Orkut, o povo é muito burro mesmo...Só mesmo uma pessoa totalmente malvada ou muito aérea pra postar uma coisa dessas!! E outra, esses amigos aí eu não queria messssmo. KKK
Divirtam-se e escandalizem-se com as conversas alheias assim como eu o fiz!
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Férias pra quê te quero!

Oi pessoal, então...kkk
Bem, to aki pra falar brevemente das minhas férias que por sinal ainda não acabaram!! Só volto às aulas dia 11 de agosto!
Inicialmente eu fiz o que todo mundo deve fazer muito nesse período de férias: NADA.
Oxi, férias é descanso. Então minha lei é descansar até cansar!
Mergulhei muito na piscina, joguei basquete que por sinal perdemos no torneio!! kkk, fui pra Igreja como todo bom Católico, muuuuita internet, fui pro SANA, assisti Harry Potter, e o mais incrível foi ver toda a saga de Star Wars, a qual eu vierei fanzão, desde o primeiro até o sexto. Fiquei super íntimo do Chewbaca, muito amigo da princesa Léia, discípulo do Yoda, e com pena do Anaki mais conhecido como Darth Vader. ^^'
Além de Star Wars, vi muuitos outros filmes, o que será comentado em outro posto onde eu vou indicar os filmes que mais me chamaram a atenção; Fui pro Halleluya, o que tbm merece um posto exclusivo e claro, a sagrada praia no fim de semana, Shopping, uma volta no downtown...
Quis muito ir pra Natal, e ainda quero, mas rolou um probleminha aí financeiro que quebrou as pernas! Outro ponto que adorei fazer foi caminhar de manhã cedo aqui na Lagoa Redonda, gente, caminhar não emagrece evita que você engorde mais, isso é detalhe importante. Fui tbm prum parque que tem aqui perto dá umas corridinhas pra deixar o cuper feito (se ligou no duplo sentido?), dance demais, tirei uma hora ou duas da noite pra ficar dançando... Peguei umas coreografias com uma professora da coréia pelo YouTube e uns tutoriais de shuffle!! kkkk
Contei com o apoio de muita gente que me indicou musicas e tudo mais pra ver se eu consigo fazer o running man direito, é muuuito legal e muuito cansativo, tenho que admitir.
Comecei a ler um livro da hora que se chama O GRANDE ARCANO, de Paloma Sanchéz, ela é iniciante como escritora mas o enredo é ótimo, vale a dica pra quem gosta de livros tipo O CÓDIGO DA VINCI.
Vi muuuito anime, graças a Deus terminei Basilisk e Zombie Loan, comecei Katekyo Hitman Reborn e dei continuidade a One Piece que por sinal descobri que quem canta a musica de abertura é a melhor banda asiática: DBSK, tem um post sobre eles, os caras arrasam! Vi The Office, Family Guy e House MD (vou começar a quarta temporada).
Acho que foi só isso, mas ainda tenho uma semana pra fazer o que eu ainda deixei pendente! Até o próximo post pessoal!
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domingo, 19 de julho de 2009

O Enigma do Príncipe - my opnion

Então pessoal, não sei se deu pra notar mas eu tô de férias e a preguiça cai matando em cima de mim, por isso eu não escrevo a muito tempo! Mas to aki para apresentar a vocês uma breve crítica sobre o sexto filme da franquia de Harry Potter, a qual eu sou fan assíduo. Bem eu fui na quarta, dia de estréia, pro shopping mais perto daqui de casa. Não tava tão lotado quanto se esperava, os ingressos estavam esgotados mas havia algumas cadeiras vazias. Tive que agüentar o gritos sem motivos dos espectadores quando passou o trailer de Lua Nova, alguém realmente gostou da adptação? Que efeitos ordinários eram aqueles? Mas enfim, to aki pra falar de Harry Potter.
No geral o filme foi o mais bem adaptado para os padrões que eu imagino que são utilizados, como por exemplo a espessura do livro. Pode até ser que o terceiro ainda seja o favorito de muitos apesar de não ter sido muito bem sucedido nas telonas, mas comparei o Enigma do Príncipe com os dois últimos tendo em vista a quantidade de história que poderia ser passada. E assim foi feito. Para quem nunca leu os livros e só acompanha a série cinematográfica, O Enigma do Príncipe cumpre seu papel perfeitamente bem. O essencial foi mostrado para que a história se conclua no sétimo (os sétimos). A Fotografia também não deixou a desejar, sem dúvida é o mais sombrio de todos e não poderia deixar de ser, cenas lúgubres e a paisagem chuvosa e silenciosa acompanham o clima de tensão na volta às aulas do sexto ano de Hogwarts, essas são quebradas apenas pela luminosidade da neve que também demonstra pesar quando aparece. Os efeitos foram incrivelmente bem feitos, os melhores de todos, percebe-se a presença constante de um efeito esfumaçado no filme, as nuvens, os comensais voando, as memórias na penseira...tudo parece deixar um rastro de fumaça quando entra em cena. Agradeci o fato de terem incluido o quadribol de volta e de uma forma mágica, as seqüencias estão muito bem ensaidas, os tombos muito bem precisos, só a geografia pareceu ter mudado em relação ao campo do primeiro filme: Surgiram umas montanhas atrás do campo que aparentemente não deveriam estar ali.
Doses de comédia na hora certa, terror e suspense que alimentaram as cenas na caverna, diálogos resumidos até demais mas objetivos também são características a si considerar, além das cenas romanticas que chegam a utilizar o duplo sentido inocentemente e fazem o clima de escola parecer mais real!E o que dizer da atuação? Nenhuma surpresa! Todos mativerem o mesmo tom de sempre, nenhuma atitude que já não fosse prevista. O que não concordei diz respeito a mudança repentina de ambiente, por exemplo: uma hora se está em Londres e de repente nos encontramos em Hogsmead. Acho que deveria ter um pouco mais de coerência na troca de cenário. Ouvi também muitas reclamações do tipo: "Até o Aragogue teve um enterro e o Dumbledore não!", "Faltou tal cenas em tal parte...", "Esqueceram de dizer que fulaninho sabe que...", "Não tem essa parte no livro!", "Credo! Eu imaginei diferente!". Digo uma coisa para todos que fazem esse tipo de comentário, toda a produção é acompanhada de perto pela Jo (apelido íntimo que eu uso para a autora), o que entra, o que sai, o que deixa de entrar não é decidido ao belprazer da produção, deve ser levado em conta o que importa e o que vai deixar uma marca significativa no filme, o tal do diferencial. Se todas as adaptações seguissem fielmente as obras ninguém mais leria os originais (nesse caso os livros), e outro ponto é que há uma grande diferença entre a história impressa e a animada, a primeira tem não tem um limite de tempo a ser respeitado o que não ocorre no cinema. Até 3 horas de película é o permitido para incluir dias até mesmo meses de história narrada, a série cinematográfica é um elemento a parte do material impresso, esse serve de base para a criação da primeira mas não é a essencia, deve se ter esse conhecimento para analisar adaptações. E outra, é até muito ingênuo da parte da Warner, fazer um filme que não agrade os fãs!
Em suma, achei muito bem feito, valeu a pena a espera e é válido a ida ao cinema inúmeras vezes.
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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Dora a quem doer!! Parte I

Aêêêêêê, demorou mas to postando!
Pessoal esse é um relato com detalhes da aula de campo (MEGA VIAGEM) que aconteceu no Sábado dia 4 de julho, roteiro: Benfica, Maraponga, Baturité, Guaramiranga e Quixadá. O objetivo da viagem era analisar as formações rochosas e geológicas desde o pre-litoral até o extremo sertão cearense.
A saída foi do CEFET, ninguém estava com grandes expectativas afinal a professora não é tão liberal quanto esperado, juntou a turma do P7 de edificações e a minha (P4 de telecomunicações), a princípio o fundão lotou, o que era totalmente desprezível tendo em vista minhas experiências com viagens da escola (Natal, Martins, Recife...). Com certeza o barulho e a bagunça ia ser muito intenso lá trás, decidi ficar perto da professora, até porque queria fazer um relatório perfeito. Minha bagagem era bem modesta: regata, bermuda e sunga alternativos, sandálias, caderno, estojo e só! Fui de regata, bermuda e tênis.1 - A primeira parada foi no Parque Ecológico da Maraponga, uma belíssima opção de lazer porém muito mal cuidado, o anfiteatro todo engolido por plantas e a lagoa por vegetação hospedeira, tendo ainda um condomínio como despejador oficial de lixo e esgoto! Ouvimos as explicações da professora, tiramos fotos, e aquela coisa toda. Momento marcante? Vanessa coçando as pernas e andando ao mesmo tempo.2 - Voltamos ao ônibus, o pessoal cantava lá trás e nós conversávamos besteiras na frente, onde tava bem mais ventilado, se aproximando de Maracanaú as serras começavam a se formar e o clima esfriava lentamente. Entre montanhas e montanhas, pedras e pedras, não paramos uma vez! Momento marcante? Aline doida pra ir ao banheiro dar um mijão!!3 - Seguimos no ônibus, recebendo instruções da guia de campo Márcia Vanessa cujo trajeto ela tinha decorado há muito tempo, o tempo esfriava mais e qualquer coisa comestível era traçada em segundos pela gente. Festa da Barreira, museu do escravo, gente velha, bois e cabras e tudo mais que você espera de um interior. Rapidamente chegamos a Baturité, agora os caminhos já não eram tão retilíneos nem tão planos, subíamos as ladeiras estreitas cantando velhas músicas parecia que esse era o único jeito de esquentar a alma. Paramos para ver a velha Maria-Fumaça, ou como dizem os americanos, Mary-Smoke! haahhaha. Mais fotos na réplica do transporte que foi de grande importância para o desenvolvimento de Baturité, era usado no transporte de cana, banana e outra coisa lá que eu não lembro. Nisso chega um senhor para falar um pouco da velha Maria, coitado do Tio, a professora sabia mais que ele que depois de uma tentativa inútil de divulgar seu artesanato, se recolhe a própria insignificância e saiu, alguns foram comprar biscoitos, outros como nós fomos até a velha estação fotografar! Momento marcante? Um leve desespero nos ocorreu quando o velho se aproximou, nós achavamos que ele ia expulsar a gente de cima da máquina! "Rápido, antes que o tio expulse nós!"4 - Até ali, tudo havia saído como planejado e estava sendo ótimo, mal sabiamos nós que ia melhorar e muito! Continuamos a cantar, passamos por mais uma pequena zona urbana e logo estávamos nas curvas estreitas do maciço de Baturité, o ônibus mal conseguia subir, a paisagem era incrível, qaunto mais se subia mais regiões se via, cidadelas ao longe, rios e lagoas e um território verde que se perdia nos olhares curiosos da gente. Bananeiras por todos os lados chegavam a cansar. E quando achávamos que o caminho era impossível de ser atravessado eis que surge outro pior, e por um desses que chegamos ao mosteiro dos Jesuítas, o qual eu já havia visitado. Fotos e mais fotos, tudo teoricamente em silêncio, fomos a encosta da serra e ouvimos mais uma explicação. Momento marcante? a) A placa de boas vindas em muitos idiomas; b) A desculpa que a professora deu ao monge pra não entrarmos no mosteiro; c) O tchau simpático da freirinha que nos observava de uma das janelas do mosteiro, parecia que não via pessoas a muito tempo!
Bem depois eu termino o resto... vejam alguns videozinhos!!!

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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Todo mundo que vale a pena conhecer - Capitulo 2



2


Era muito azar meu que a festa de noivado de Penelope caísse em uma quinta-feira à noite — a noite do jantar marcado com tio Will e Simon. Nenhum dos dois compromissos podia ser ignorado. Fiquei parada em frente ao meu prédio feio, do pós-guerra, em Murray Hill, tentando desesperadamente escapar para o enorme dúplex do meu tio em Central Park West. Não era hora do rush, Natal, mudança das mãos das ruas nem chovia torrencialmente, mas não havia nenhum táxi à vista. Eu estava assoviando, gritando e pulando para o alto como uma louca há vinte minutos sem sucesso, quando um táxi solitário finalmente encostou no meio-fio. A resposta do taxista quando eu pedi para ir para o centro foi "Muito trânsito", antes de cantar os pneus e desaparecer.
Quando um segundo motorista finalmente me pegou, acabei dando cinqüenta por cento de gorjeta, de puro alívio e gratidão.
— Ei, Bettina, você parece triste. Está tudo bem?
Eu insistia com as pessoas para que me chamassem de Bette e a maioria chamava. Apenas meus pais e George, o porteiro do tio Will (que era tão velho e fofo que podia fazer qualquer coisa), ainda insistiam em usar meu nome inteiro.
— Só os problemas normais de táxi, George — suspirei, dando-lhe um beijinho na bochecha. — Como foi o seu dia?
— Ah, ótimo como sempre — ele respondeu sem o mínimo sarcasmo. — Vi o Sol por alguns minutos de manhã e estou feliz desde então. — Nojento.
— Bette! — ouvi Simon chamar da sala de correspondência escondida discretamente na portaria. — Estou ouvindo a sua voz, Bette?
Ele emergiu da sala de correspondência de uniforme branco de tênis, uma bolsa em forma de raquete atravessada nos ombros largos e me deu um abraço de urso como nenhum homem hetero jamais fizera. Era um sacrilégio faltar a um jantar semanal, que além de ser divertido também me dava o máximo de atenção masculina que eu recebia (sem contar o brunch).
Will e Simon haviam desenvolvido vários rituais ao longo dos quase trinta anos que haviam passado juntos. Só viajavam para três lugares: St. Barth no final de janeiro (ainda que ultimamente Will viesse reclamando que era "francês demais"), Palm Springs em meados de março e um fim de semana espontâneo eventual em Key West. Só bebiam gim-tônica em copos Bacará, passavam todas as noites de segunda-feira, das 19h às 23h, no Elaine's e davam uma festa de Natal anual em que ambos usavam suéteres de caxemira de gola olímpica. Will tinha quase l,88m, com o cabelo prateado cortado curto e preferia suéteres com reforços de camurça nos cotovelos. Simon mal tinha l,73m com um corpo magro e atlético que ele vestia inteiramente de linho, desconsiderando as estações.
— Homens gays — ele dizia — têm carta branca para desprezar as convenções da moda. Nós fizemos por merecer.
Mesmo agora, tendo saído há pouco da quadra de tênis, ele conseguira vestir uma espécie de capuz de linho branco.
— Minha linda, como você está? Venha, venha, Will deve estar imaginando onde nós dois estamos e sei que a garota nova preparou algo fantástico para comermos — sempre o perfeito cavalheiro, ele pegou a mochila entupida de coisas do meu ombro, segurou a porta do elevador e apertou CO.
— Como foi o jogo de tênis? — perguntei, imaginando por que esse homem de 60 anos tinha um corpo melhor do que todos os caras que eu conhecia.
— Ah, você sabe como é, um bando de coroas correndo pela quadra, tentando pegar bolas que nem deveriam tentar pegar e fingindo que têm batidas como as de Roddick. Meio ridículo, mas sempre divertido.
A porta para o apartamento deles estava ligeiramente aberta e eu podia ouvir Will falando com a TV no escritório, como sempre. No passado, Will dera o furo da recaída de Liza Minnelli, dos casos de Bob Kennedy e o salto de Patty Hearst de socialite a membro de culto. Foi a "amoralidade" dos Democratas que finalmente o empurrou para a política, em vez de todas as coisas gla-mourosas. Ele o chamava de Golpe do Clinton. Agora, algumas poucas décadas mais tarde, Will era um viciado em notícias com afiliações políticas que se inclinavam ligeiramente para a direita de Átila, o huno. Ele devia ser certamente o único colunista de entretenimento e sociedade gay de direita no Upper West Side de Manhattan que se recusava a comentar tanto entretenimento quanto sociedade. Havia duas televisões em seu estúdio, a maior das quais ele mantinha sintonizada na Fox News.
— Finalmente — gostava de dizer —, uma estação que fala para o meu pessoal.
E sempre a réplica mordaz de Simon:
— Ceeeerto. Aquela audiência enorme de colunistas gays de entretenimento e sociedade, de direita, que moram no Upper West Side de Manhattan.
O aparelho menor sempre girava entre a CNN, a CNN Headline News e a MSNBC, perpetradores do que Will se referia como sendo "A Conspiração Liberal". Um cartaz escrito à mão descansava em cima do segundo televisor. Lia-se: CONHEÇA SEU INIMIGO.
Na CNN, Aaron Brown estava entrevistando Frank Rich a respeito da cobertura da imprensa em torno da última eleição.
— Aaron Brown é um veadinho travado e covarde! — Will rosnou enquanto pousava seu copo de cristal e arremessava um de seus sapatos belgas na TV.
— Oi, Will — falei, pegando um punhado de passas cobertas de chocolate que ele sempre mantinha em uma tigela Orrefors em sua mesa.
— De todas as pessoas qualificadas para discutir política neste país, para oferecer algum insight ou uma opinião inteligente sobre como a cobertura da imprensa afetou ou não as eleições e esses idiotas têm de entrevistar alguém do The New York Times? Aquilo lá é mais sangrento do que um filé mal-passado e eu tenho de ficar sentado aqui ouvindo a opinião deles a respeito disso?
— Bem, na verdade, não, Will. Você pode desligar, sabe — sufoquei um sorriso enquanto seus olhos se mantinham fixos para a frente. Discuti silenciosamente comigo mesma quanto tempo ele levaria para se referir ao The New York Times como Izvestia ou para afirmar que o desastre de Jayson Blair era a prova cabal de que o jornal é lixo, na melhor das hipóteses, e uma conspiração contra os norte-americanos honestos e trabalhadores, na pior.
— O quê? E perder a cobertura ostensivamente dogmática do Sr. Aaron Brown sobre a cobertura ostensivamente dogmática do Sr. Frank Rich sobre o que quer que seja que estejam discutindo? Sério, Bette, não vamos nos esquecer de que esse é o mesmo jornal cujos repórteres simplesmente inventam histórias quando o prazo de entrega aperta.
Ele deu um trago e apontou com o controle remoto para silenciar os dois televisores ao mesmo tempo. Apenas 15 segundos esta noite — um recorde.
— Basta, por enquanto — disse, me abraçando e dando um beijinho rápido na minha bochecha. — Você está linda, querida, como sempre, mas será que morreria se usasse um vestido de vez em quando?
Ele não passou tão habilmente ao seu segundo assunto favorito, a minha vida. Will era nove anos mais velho do que minha mãe e ambos juravam que eram filhos do mesmo casal de pais, mas parecia impossível entender. Minha mãe ficou horrorizada por eu ter aceito um emprego corporativo que exigia que usasse outras roupas que não túnicas e alpargatas e meu tio achava que o ridículo era usar terno como uniforme em vez de um vestido sen-sacional de Valentino ou um par maravilhoso de Louboutins de pulseirinha.
— Will, é o que se usa em bancos de investimento, sabe?
— É o que dizem. Só não achei que você acabaria trabalhando em um banco. — Isso de novo.
— O seu povo, tipo, ama o capitalismo, não ama? — provoquei. — Os republicanos, quero dizer, os gays nem tanto.
Ele ergueu suas sobrancelhas espessas e grisalhas e olhou para mim do outro lado do sofá.
— Que gracinha. Muito bonitinho. Não é nada contra investimentos, querida. Acho que sabe disso. É uma profissão ótima, respeitável — prefiro vê-la fazendo isso do que qualquer um daqueles trabalhos ripongos de salvar o mundo que seus pais recomendariam—, mas você parece jovem demais para se fechar em algo tão entediante. Devia estar lá fora, conhecendo pessoas, indo a festas, curtindo ser jovem e solteira em Nova York, não amarrada a uma mesa em um banco. O que você quer fazer?
Por mais vezes que ele tivesse me perguntado isso, eu nunca tinha conseguido dar uma resposta ótima — ou mesmo decente. Certamente era uma pergunta justa. No segundo grau eu sempre achei que me juntaria ao Corpo de Paz. Meus pais haviam me ensinado que era um passo natural depois de me formar na faculdade. Mas aí, eu fui para Emory e conheci Penelope. Ela gostou do fato de eu não conseguir dizer o nome de todas as escolas particulares em Manhattan e de não saber nada a respeito da ilha Martha's Vineyard, e eu, é claro, amava que ela pudesse e soubesse. Quando as férias de Natal chegaram já estávamos inseparáveis e, ao fim do primeiro ano, eu havia jogado fora minhas camisetas preferidas do Grateful Dead. Jerry, o vocalista da banda, já morrera há muito tempo, de qualquer maneira. E era divertido ir a jogos de basquete e festas regadas a barris de cerveja e entrar para a liga mista de futebol americano com todo um grupo de pessoas que não faziam dreadlocks regularmente no cabelo ou reciclavam a água do banho ou usavam óleo de patchuli. Eu não me destacava como a garota excêntrica que tinha sempre um cheiro meio estranho e sabia coisas demais sobre sequóias canadenses.
Usava os mesmos jeans e camisetas que todo mundo (sem nem olhar para ver se tinham sido feitos numa fábrica de operários semi-escravos) e comia os mesmos hambúrgueres e bebia a mesma cerveja e achava fantástico. Durante quatro anos, tive um grupo de amigos que pensavam parecido e namorados ocasionais, nenhum dos quais era comprometido com o Corpo de Paz. Então, quando todas as grandes empresas apareceram no campus acenando com salários gigantescos e bônus e oferecendo-se para pagar a passagem de avião dos alunos para serem entrevistados em Nova York, eu aceitei. Quase todos os meus amigos da faculdade aceitaram empregos semelhantes, porque, quando você analisa direito, de que outra forma uma pessoa de vinte anos de idade vai pagar um aluguel em Manhattan? O incrível nisso tudo era como cinco anos haviam passado rápido. Cinco anos haviam simplesmente desaparecido em um buraco negro de programas de treinamento e relatórios trimestrais e bônus de final de ano, mal me deixando tempo para pensar que eu odiava o que fazia o dia inteiro. O fato de ser boa naquilo não ajudava — de certa forma, parecia significar que eu estava fazendo a coisa certa. No entanto, Will sabia que estava errado, podia obviamente intuir, mas até agora eu havia sido complacente demais para dar um salto para outra coisa.
— O que eu quero fazer? Como posso responder a uma coisa dessas? — perguntei.
— Como pode não responder? Se não sair em breve, vai acordar um dia quando tiver 40 anos e for diretora de operações e pular de uma ponte. Não há nada errado com investimentos, querida, só não é para você. Você devia estar perto de pessoas. Devia rir um pouco. Você devia escrever. E devia estar usando roupas muito melhores.
Eu não contei a ele que estava pensando em procurar trabalho em uma empresa sem fins lucrativos. Ele começaria a discursar sobre como sua campanha para desfazer a lavagem cerebral de meus pais havia fracassado e ficaria sentado desanimado à mesa o resto da noite. Eu tentara uma vez, apenas mencionara que estava pensando em fazer uma entrevista na organização de planejamento familiar Planned Parenthood e ele me informou que, ainda que fosse uma idéia das mais nobres, me levaria direto de volta ao, em suas palavras, Universo dos Grandes Mal Lavados. En-tão, continuamos a falar sobre os tópicos de sempre. Primeiro veio minha vida amorosa inexistente ("Querida, você é simplesmente jovem demais e bonita demais para que o trabalho seja seu único amante"), seguido por um discursinho a respeito da última coluna do Will ("É culpa minha que Manhattan tenha se tornado tão ignorante que as pessoas não queiram mais saber a verdade sobre seus governantes eleitos?"). Voltamos aos meus dias de ativismo político no segundo grau ("A Era do Incenso, graças a Deus, já acabou") e aí, mais uma vez, retornamos ao assunto favorito de todos, o estado abjeto do meu guarda-roupa ("Calças masculinas mal cortadas não são roupa para um encontro").
Quando ele estava começando um pequeno solilóquio sobre os extensos benefícios de se ter um conjunto Chanel, a empregada bateu na porta do escritório para nos informar que o jantar estava servido. Recolhemos nossos drinques e nos dirigimos à sala de jantar formal.
— Dia produtivo? — Simon perguntou a Will, cumprimen-tando-o com um beijo na bochecha. Ele havia tomado banho e vestido um pijama de linho ao estilo de Hugh Heffner e segurava uma taça de champanhe.
— É claro que não—Will respondeu, colocando de lado seu martíni e servindo mais duas taças de champanhe. Entregou uma a mim.
— O prazo de entrega é só à meia-noite, por que eu faria qualquer coisa antes das 22h? O que estamos comemorando?
Comecei a devorar minha salada com gorgonzola, grata por estar comendo algo que não vinha de um carrinho na rua, e tomei um gole de champanhe. Se conseguisse, de alguma forma, comer lá todas as noites sem parecer ser a maior fracassada da face da Terra, eu o teria feito em um segundo. Mas até eu tinha dignidade o suficiente para saber que estar disponível para as mesmas pessoas — mesmo que eles fossem o seu tio e seu companheiro — mais do que uma vez por semana para jantar e uma para o brunch era realmente triste.
— O quê, precisamos estar comemorando alguma coisa para tomarmos um pouco de champanhe? — Simon perguntou, servindo-se de alguns pedaços do filé fatiado que a empregada fizera como prato principal. — Só achei que seria uma mudança agradável. Bette, quais são seus planos para o resto da noite?
— A festa de noivado da Penelope. Tenho de ir para lá daqui a pouco, para falar a verdade. As mães organizaram tudo juntas antes que Avery ou Penelope pudessem vetar. Pelo menos é em alguma boate em Chelsea, em vez de em algum lugar no Upper East Side — acho que essa foi a única concessão para que seus filhos pudessem se divertir.
— Qual é o nome da boate? — Will perguntou, ainda que fossem poucas as chances de que ele tivesse ouvido falar nela, se não fosse escura, com paredes forradas de madeira e cheia de fumaça de charuto.
— Ela falou, mas eu não me lembro. Começa com B, eu acho. Aqui — falei, puxando um pedaço de papel rasgado da bolsa. — É na rua 27, entre a Décima e a Décima Primeira. Chama-se...
— Bungalow 8 — responderam em uníssono.
— Como é que vocês dois sabiam disso?
— Querida, ela é mencionada com tanta freqüência nas fofocas da Página Seis que você fica achando que Richard Johnson é o dono do maldito lugar — Will falou.
— Li em algum lugar que, originalmente, era uma cópia dos bangalôs do Beverly Hills Hotel, e que o serviço é tão bom quanto. É só uma boate, mas a matéria descrevia um serviço que realiza qualquer capricho, desde encomendar um tipo especial de sushi raro a arrumar um helicóptero. Há lugares que são o máximo durante alguns meses e depois desaparecem, mas todo mundo concorda que o Bungalow 8 tem poder para ficar—Simon disse.
— Acho que ficar sentada no Black Door nas noites em que saio não está ajudando muito minha vida social — falei e empurrei meu prato para longe. — Vocês se incomodam se eu sair cedo hoje? Penelope queria que eu chegasse lá antes que as hordas de amigos do Avery e a família dela chegassem.
— Corra, Bette, corra. Pare apenas para passar mais batom e depois corra! E não faria mal algum se encontrasse um jovem bonitão para sair — Simon declarou, como se fosse haver salas repletas de caras lindos e solteiros que estariam apenas esperando que eu entrasse em suas vidas.
— Ou, melhor ainda, um filho-da-mãe deslumbrante para brincar por uma noite — Will piscou, brincando só um pouco.
— Vocês são o máximo—falei, beijando a bochecha de cada um antes de pegar minha bolsa e meu cardigã. — Não têm nenhum escrúpulo em prostituir sua única sobrinha, não é?
— Absolutamente nenhum — Will anunciou, enquanto Simon balançava a cabeça com gravidade. — Vá ser uma vagabunda boazinha e divirta-se, pelo amor de Deus.

Havia uma multidão — três filas até o final do quarteirão — quando o táxi parou na frente da boate e, se não fosse pela festa de Penelope, eu teria pedido ao motorista para continuar dirigindo. Em vez disso, colei um sorriso no rosto e andei até a frente da fila de quarenta pessoas, onde um cara enorme, usando um ponto de ouvido igual ao do Serviço Secreto estava segurando uma prancheta.
— Oi, meu nome é Bette e estou na lista da Penelope — eu disse, checando a fila sem reconhecer um único rosto.
Ele olhou para mim inexpressivamente.
— Ótimo, é um prazer, Penelope. Se puder esperar na fila como todo mundo, nós a colocaremos para dentro assim que possível.
— Não, a festa é da Penelope e eu sou amiga dela. Ela me pediu para chegar cedo, então seria melhor se eu pudesse entrar agora.
— Ahã, isso é ótimo. Ouça, só chegue para o lado e... — ele pôs a mão por cima do fone de ouvido e pareceu escutar atentamente, balançando a cabeça algumas vezes e estudando a fila que agora dobrava a esquina.
— Muito bem, pessoal — anunciou, sua voz causando um silêncio imediato entre os futuros festeiros em trajes sumários. — Já estamos com a lotação esgotada no momento, como determinado pelo Corpo de Bombeiros de Nova York. Só vamos deixar pessoas entrarem conforme outras forem saindo, portanto fiquem à vontade ou voltem depois.
Gemidos por todos os lados. "Bem, isso simplesmente não vai dar certo", eu pensei. "Ele não deve estar entendendo a situação."
— Com licença? Senhor? — ele deu mais uma espiada para mim, agora visivelmente aborrecido. — É claro que o senhor tem muita gente esperando para entrar, mas é a festa de noivado da minha amiga e ela realmente precisa de mim, se o senhor conhecesse a mãe dela, entenderia quanto eu preciso entrar.
— Hmmm. Interessante. Olhe, não quero saber se a sua ami-ga Penelope vai se casar com o príncipe William. Não posso deixar ninguém entrar agora de jeito nenhum. Estaríamos violando o código de incêndio e você certamente não quer isso — ele chegou só um pouco para trás. — Espere na fila e nós a poremos para dentro assim que possível, está bem?
Acho que ele estava tentando me acalmar, mas aquilo só servia para me exasperar mais. Ele me parecia ligeiramente familiar, ainda que eu não tivesse certeza por quê. A camiseta verde des-botada era justa o suficiente para mostrar que ele era bem capaz de manter as pessoas fora se assim o desejasse, mas o jeans ligeiramente frouxo de cintura baixa sugeria que não se levava muito a sério. Bem no momento em que eu estava admitindo que ele tinha o melhor cabelo que eu já vira em um cara — de comprimento médio, escuro, grosso e instantemente brilhante —, ele vestiu uma jaqueta de veludo cotelê cinza e conseguiu ficar ainda mais bonito.
Definitivamente um modelo. Me contive para não declarar algo superarrogante sobre como isso deve ser uma onda de poder para alguém que muito provavelmente não passou da sétima série, e saí de fininho para o fim da fila. Como as repetidas tentativas de ligar tanto para o celular de Avery quanto para o de Penelope caíram direto na caixa postal e o valentão da porta só estava permitindo em média duas pessoas a cada dez minutos, fiquei ali quase uma hora. Estava fantasiando sobre as várias maneiras pelas quais poderia humilhar ou de alguma forma prejudicar o segurança, quando Michael e sua namorada se esgueiraram para fora e acenderam cigarros a alguns metros da porta.
— Michael — gritei, consciente de quanto parecia patética, mas sem me importar de verdade. — Michael, Megu, aqui!
Os dois olharam para a horda de pessoas e me viram, o que provavelmente não foi difícil, visto que eu estava gritando e acenando com dignidade zero. Eles acenaram para me aproximar e eu praticamente corri até eles.
— Eu preciso entrar. Estou do lado de fora deste maldito buraco há um tempão e aquele cara não me deixa entrar. A Penelope vai me matar!
— Ei, Bette, que bom vê-la também! — Michael falou, debruçando-se para beijar minha bochecha.
— Me desculpe — eu disse, abraçando-o primeiro e depois sua namorada, Megu, a doce estudante japonesa de medicina com quem ele agora dividia um apartamento. — Como estão? Como é que vocês saíram para fazer isso?
— Acontece tipo uma vez a cada seis meses. — Megu sorriu, pegando a mão de Michael e enfiando-a nas costas. — O cronograma se alinha por um período de 12 horas quando eu não estou de plantão e ele não está trabalhando.
— E vieram para cá? O que foi, ficaram malucos? Megu, você realmente é muito gente boa. Michael, sabe que garota você tem aqui?
— Claro que sei — ele disse, olhando com adoração para ela. —Ela sabe que a Penelope também me mataria se nós não viéssemos, mas acho que vamos embora. Tenho que estar no trabalho em, ah, vejamos, quatro horas, e a Megu tinha esperanças de dormir seis horas seguidas pela primeira vez em algumas semanas, então vamos dar o fora. Parece que as pessoas estão entrando agora.
Virei-me e vi uma enorme troca de pessoas lindas: uma multidão estava saindo, aparentemente a caminho de uma festa "de verdade" em TriBeCa, e outra atravessou porta adentro quando o segurança levantou o cordão de veludo.
— Achei que você tinha dito que eu era a próxima da lista — falei secamente para o segurança.
— Fique à vontade para visitar a princesa Penelope — ele me falou, fazendo um gesto grandioso com um dos braços e ajeitando o fone de ouvido com o outro, para ouvir o que, tenho certeza, eram informações cruciais.
— Viu, pronto—Michael disse, puxando Megu consigo para a rua. — Ligue-me esta semana e vamos tomar uns drinques. Traga a Penelope; nem tive a oportunidade de falar com ela hoje e já faz muito tempo que a gente não se encontra. Despeça-se dela por mim—e aí eles se foram, certamente felizes por terem conseguido escapar.
Olhei em volta e vi que havia apenas algumas pessoas paradas na calçada, falando ao celular, parecendo não ligar se iam entrar ou não. De uma hora para a outra, a multidão havia evaporado e eu estava sendo autorizada a entrar.
— Nossa, obrigada. Você foi de uma ajuda inacreditável — falei para o segurança, passando apertado por seu corpo gigantesco e pelo cordão de veludo que ele segurava aberto. Abri a enorme porta de vidro e entrei em um saguão escuro, onde Avery estava falando muito de perto com uma garota muito bonita com seios muito grandes.
— Oi, Bette, onde esteve a noite toda? — ele disse, andando imediatamente na minha direção e oferecendo-se para guardar meu casaco. No mesmo segundo, Penelope surgiu, parecendo afogueada e depois aliviada. Ela estava usando um tubinho preto curto com um bolero de lantejoulas e sandálias prateadas de saltos extremamente altos, e eu soube imediatamente que sua mãe havia escolhido a roupa.
— Bette — ela sibilou, agarrando meu braço e me levando para longe de Avery, que retomou imediatamente sua conversa intensa com a garota. — Por que demorou tanto? Passei a noite sofrendo sozinha.
— Sozinha? Deve haver umas duzentas pessoas aqui. Todos esses anos e eu não sabia que você tinha duzentos amigos. Esta é uma festa e tanto!
— É, impressionante, não é? Exatamente cinco pessoas neste aposento estão aqui para me ver: minha mãe, meu irmão, uma das garotas do departamento de imóveis, a secretária do meu pai e agora você. Megu e Michael foram embora, certo? — eu assenti. — O restante são amigos do Avery, é claro. E os amigos da minha mãe. Onde você esteve? — ela tomou um gole de seu drinque e me passou o copo com as mãos ligeiramente trêmulas, como se fosse um cachimbo e não uma taça de champanhe.
— Querida, estou aqui há mais de uma hora, como prometi. Tive uns probleminhas na porta.
— Não! — ela parecia horrorizada.
— É. O segurança é muito gato, mas é um idiota.
— Ah, Bette, eu sinto muito! Por que não me ligou?
— Liguei algumas dezenas de vezes, mas acho que você não ouviu o telefone. Ouça, não se preocupe com isso. Esta noite é sua, então tente, bem, se divertir.
— Vamos pegar uma bebida para você — ela falou, pegando um Cosmopolitan da bandeja de um garçom que passava. —Está acreditando nesta festa?
— Está uma loucura. Há quanto tempo sua mãe está planejando isso?
— Ela leu na Página Seis há semanas que a Gisele e o Leo foram vistos "aos beijinhos" aqui, então acho que ligou e fez a reserva logo depois disso. Ela vive me dizendo que este é o tipo de lugar que eu deveria freqüentar, por causa de sua "clientela exclusiva". Eu não contei a ela que a única vez que Avery me arrastou para cá a clientela estava basicamente transando na pista de dança.
— Provavelmente só a teria estimulado mais.
— Verdade. — Uma mulher alta como uma modelo se enfiou entre nós duas e deu dois beijinhos sem encostar em Penelope, de uma forma tão falsa que eu me encolhi, engoli meu Cosmopolitan e saí de fininho. Fui puxada para uma conversa sem sal com algumas pessoas do banco que haviam acabado de chegar e que pareciam ligeiramente em choque por estarem longe de seus computadores, e conversei o mínimo possível com a mãe de Penelope, que mencionou imediatamente o conjunto e os sapatos Chanel que estava usando e então puxou Penelope pelo braço para outro grupinho de pessoas. Olhei a multidão vestida com roupas de grife e tentei não me encolher dentro da minha roupa, que fora comprada on-line de um misto de J. Crew e Banana Republic às três da manhã há alguns meses. Will ultimamente andava insistindo muito que eu precisava de "roupas para sair", mas os catálogos de remessa não eram exatamente o que ele havia pensado. Tive a sensação de que qualquer daquelas pessoas poderia se sentir — e se sentiria — perfeitamente à vontade andando nuas por aí.
Ainda melhor do que as roupas (que eram perfeitas) era a confiança, e isso vinha de um lugar completamente diferente. Duas horas e três Cosmopolitans depois, atestadamente de pileque, eu estava pensando em ir para casa. Em vez disso, peguei mais uma bebida e fui para fora.
A fila para entrar desaparecera completamente; só o segurança que me mantivera no purgatório das boates por tanto tempo ainda estava lá. Eu estava preparando minhas observações irônicas caso ele tentasse falar comigo, mas ele só sorriu e voltou sua atenção para o livro que estava lendo, que parecia uma caixa de fósforos em suas mãos enormes. Era uma pena ele ser tão gato — mas os imbecis sempre eram.
— Então, do que em mim você não gostou? — não consegui me controlar. Cinco anos na cidade e eu ainda tentava evitar lugares com seguranças na porta ou cordões de veludo, a não ser que fosse absolutamente necessário. Herdara pelo menos um pouco da virtuosidade igualitária de meus pais — ou uma insegurança intensa, dependendo de como você encarasse.
— Perdão?
— Quer dizer, quando você não me deixou entrar antes, apesar de ser a festa de noivado da minha melhor amiga.
Ele balançou a cabeça e meio que sorriu para si mesmo.
— Olhe, não é nada pessoal. Eles me dão uma lista e me dizem para segui-la e para controlar a multidão. Se você não estiver na lista ou aparecer ao mesmo tempo que mais cem pessoas, tenho de deixá-la de fora por um tempinho. Realmente, é só isso.
— Claro — eu quase perdera a grande noite da minha melhor amiga por causa da política de entrada dele. Eu hesitei um pouco e então falei entre dentes: — Nada pessoal. Sei.
— Você acha que preciso do seu sarcasmo hoje? Tenho muitas pessoas que são muito melhores em me encher o saco, então por que você não pára de falar e eu a ponho em um táxi?
Talvez tenha sido o quarto Cosmopolitan — coragem líquida —, mas eu não estava a fim de lidar com a atitude condescendente dele, então dei meia-volta em meus saltos roliços demais e abri a porta.
— Não preciso da sua caridade. Obrigada por nada — falei e marchei de volta para dentro da boate da maneira mais sóbria que consegui.
Abracei Penelope, dei beijinhos em Avery e então tracei uma reta até a porta antes que alguém pudesse começar mais uma con-versinha. Vi uma garota agachada em um canto, chorando baixinho, mas agradavelmente consciente de que outras pessoas a estavam vendo e me desviei de um casal de estrangeiros extremamente elegante que estava se agarrando furiosamente, pegando muito nos quadris. Aí, fiz um grande espetáculo ao ignorar o imbecil do segurança que, por acaso, estava lendo uma versão de bolso, aos pedaços, de O amante de lady Chatterley (tarado!) e joguei o braço para cima para chamar um táxi. Só que a rua estava completamente vazia, e uma garoa fria começara a cair, praticamente garantindo que não haveria nenhum táxi num futuro próximo.
— Ei, precisa de ajuda? — ele perguntou, depois de abrir o cordão de veludo para deixar entrar três garotas falando alto e cambaleando. — É difícil pegar um táxi nesta rua quando chove.
— Não, obrigada, eu estou bem.
— Como quiser.
Os minutos estavam começando a parecer horas e o chuvisco quente de verão rapidamente se transformara em uma chuva fria e persistente. O que, exatamente, eu estava provando? O segurança se encostara contra a porta para se proteger um pouco dos respingos e ainda estava lendo tranqüilamente, como se não tivesse consciência do furacão que agora nos chicoteava. Continuei a encará-lo até ele olhar para cima, sorrir e dizer:
— É, você parece estar indo muito bem sozinha. Está realmente me dando uma lição ao não pegar um desses guarda-chuvas enormes e andar alguns quarteirões até a Oitava Avenida, onde não vai ter o menor problema para pegar um táxi. Ótima decisão você tomou.
— Você tem guarda-chuva? — perguntei antes que pudesse me conter. A água ensopara completamente a minha blusa e eu podia sentir meu cabelo grosso como um cobertor grudando no meu pescoço em chumaços molhados e frios.
— Claro que tenho. Eu os guardo bem aqui, para situações como esta. Mas tenho certeza de que você não está interessada em pegar um, não é?
— Isso. Eu estou ótima — pensar que eu quase havia começado a gostar dele. Justo nesse momento, um táxi de cooperativa passou e eu tive a brilhante idéia de ligar para o serviço de táxi do UBS para pedir um carro para ir para casa.
— Oi, aqui é Bette Robinson, número da conta 6338. Preciso que um carro me pegue na...
— Tudo ocupado! — latiu de volta uma operadora de voz zangada.
— Não, acho que você não entendeu. Eu tenho uma conta na sua empresa e...
Clique.
Fiquei parada ali, ensopada, a raiva fervendo dentro de mim.
— Não têm carros, não é? É duro — ele falou, cacarejando solidariamente sem tirar os olhos do livro. Eu conseguira ler por alto O amante de lady Chatterley quando tinha 12 anos e já havia reunido o possível sobre sexo da combinação Forever, Wifey e O que está acontecendo com o meu corpo? Livro para meninas, mas não me lembrava de nada sobre o livro. Talvez tivesse a ver com memória fraca ou talvez fosse o fato de que sexo não fora nem uma parte da minha consciência nos últimos dois anos. Ou talvez fosse porque os enredos de meus adorados romances entupiam o meu pensamento o tempo inteiro. O que quer que fosse, eu nem conseguia pensar em algo sarcástico para dizer a respeito, que dirá algo inteligente.
— Não têm carros — suspirei. — Não é a minha noite. Ele deu alguns passos na chuva e me entregou um grande guarda-chuva executivo, já aberto, com a logomarca da boate estampada dos dois lados.
— Pegue. Ande até a Oitava Avenida e, se ainda não conseguir pegar um táxi, fale com o segurança na porta do Serena, na rua 23, entre a Sétima e a Oitava. Diga-lhe que eu a mandei e ele vai resolver tudo.
Pensei em passar direto por ele e pegar o metrô, mas a idéia de andar de trem à uma da manhã não era muito atraente.
— Obrigada — balbuciei, recusando-me a olhar no que se-riam seus olhos exultantes. Peguei o guarda-chuva e comecei a andar para o Leste, sentindo-o me observar pelas costas.
Cinco minutos depois, eu estava enroscada no banco de trás de um grande táxi amarelo, molhada, mas finalmente quente.
Dei meu endereço para o motorista e despenquei para trás, exausta. A essa hora, táxis eram bons para duas coisas e só para duas coisas: se agarrar com alguém no caminho para casa depois de uma noite divertida ou saber das fofocas com várias pessoas em conversas de três-minutos-ou-menos pelo celular. Já que nenhum dos dois era uma opção, descansei meu cabelo molhado no pedaço de vinil sujo onde tantas cabeças oleosas, sujas, gorduro-sas, cheias de piolhos e genericamente maltratadas haviam descansado antes da minha, fechei os olhos e antecipei as boas-vindas fungantes e histéricas que receberia em breve de Millington. Quem precisava de um homem — ou mesmo de uma melhor amiga recém-noiva — quando tinha um cachorro?
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