Não tendo bastado sobreviver à um afogamento coletivo, o destino me preparou uma nova armadilha. Após o almoço, fomos jogar vôlei, entre saques e cortes a bola cai longe, eu me disponho a pegar, sem prestar muita atenção no terreno pisei em um arame grosso e enferrujado q insistia em sair das profundezas da terra, ouço risadas e devolvo a bola, não senti muita dor na hora, foi aí que eu percebo q um rastro de sangue havia sido deixado para trás, tentando manter a calma peço ajuda à minha mãe, logo junta quase todos à minha volta: havia algo estranho com meu pé. Virei a sola para cima e vi que além de escorrer uma mancha monstruosa nele, jorrava de um buraco fundo um esguicho de sangue denso, tentei não desmaiar, seria bem pior. Aos poucos fui sentindo que meu pé adormecia, perdi sangue demais, mandaram eu suspender minha perna, e me sentaram, minha tia e minha mãe tentavam entancar o sangue pressionando forte, doía como nunca, parecia que a o arame entrava e saía constantemente. Puseram alcool, água oxigenada, rifocina...enfim parou. Meu pé latejava, não movia meus dedos, e sabia que tudo aquilo era psicológico, me deram água com açúcar, eu tentava manter o bom humor, batia na mesa numa tentativa inútil de dissipar a dor. Foi pavoroso. Me levaram para a sala onde adormeci, acodei já na hora de vir embora, torcendo para que qualquer infecção (tétano) tenha ido embora com o sangue que perdi. Estou a me recuperar.
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